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Carrascoza fala da fusão entre palavra e imagem no Londrix

O escritor estará autografando seu mais novo livro de contos “Catalogo de Perdas”, que reúne quarenta depoimentos fictícios de personagens que relatam a perda de uma pessoa querida



Experiências de perdas compõem cada conto do livro “Catálogo de Perdas” do escritor João Anzanello Carrascoza, com fotos de Juliana Monteiro Carrascoza. Ambos participam do debate no Londrix, onde vão falar sobre os trânsitos e conexões entre a imagem e a palavra. Será no sábado, dia 11, às 16 horas, no Museu Histórico de Londrina.

Ao visitar o “Museu of Broken Relationships” (“Museu dos Relacionamentos Rompidos”), em Zagreb, na Croácia, Carrascoza teve a inspiração para o livro produzido em parceria com a fotógrafa Juliana, sua mulher. “A parceria foi uma experiência nova e muito prazerosa, além de um aprendizado artístico, pois buscamos fundir a palavra e a imagem nesse conjunto de histórias”, explica ele, que é docente da área de Relações Públicas da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).

No bate-papo do Londrix, os autores abordarão seus pontos de vista sobre o hibridismo na criação artística a partir da experiência  do processo de produção de uma obra que estabelece a fusão entre conto e fotografia.  


Sobre perdas


“Catalogo de Perdas” é um livro de contos que reúne quarenta depoimentos fictícios de personagens que relatam a perda de uma pessoa querida, galvanizada por um objeto especial que pertencia a ela. “A obra apresenta os textos como num catálogo, em ordem alfabética: ancinho, apito, balão, bengala etc. Foi inspirada nos testemunhos de gente de várias partes do mundo que relata a sua relação interrompida com alguém próximo. Cada história é acompanhada de uma foto que amplia a narrativa verbal correspondente, uma vez que não ilustra apenas o seu enredo pela escrita da luz, mas o metaforiza”, explica Carrascoza

Para ele, o livro difere dos demais que já publicou, por conta desse “feixe de histórias narradas sempre em primeiro pessoa”, nas quais os protagonistas narram necessariamente a sua maior perda, representada por um objeto do mundo físico. Porém, há  também  outros tipos de perda no centro das narrativas: a perda de amor, de confiança, de fé, de oportunidades.

As perdas, reforça Carrascoza, são precisamente as pessoas que nos deixam em definitivo – portanto, aquelas que a morte levou e não podemos recuperar senão pela evocação de sua presença em nossa vida, ou pelas lembranças.


Autores


Carrascoza recebeu os prêmios “Jabuti”, “Fundação Biblioteca Nacional”, “Associação Paulista de Críticos de Arte” e “Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil”, além dos prêmios internacionais “Radio France” e “White Ravens.”

Juliana Monteiro Carrascoza é fotógrafa, participou de exposições coletivas, em São Paulo e em Minas Gerais, e publicou alguns de seus trabalhos em revistas especializadas em fotografia. A série “Onde eu possa morar”, vencedora do Prêmio “Mobile Photo Festival”, foi exposta no MIS-SP durante a programação do “Maio Fotografia.”



Realização:

AARPA

Apoio:

Cultural, Interativa, RPC

Parceria:

Museu Histórico, UEL 

Patrocínio:

PROMIC

Secretaria Especial da Cultura

Ministério da Cidadania

Governo Federal

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